Uma comissão composta pelos Professores Soraya Coelho Leal, Sérgio Bruzadelli e Nilce Santos foi formada para conduzir o processo de autoavaliação do PPGODT/UnB no período de 2019. Três questionários que continham perguntas fechadas (16) e duas perguntas abertas foram encaminhados a discentes, docentes e funcionários do Programa para que os respondentes apontassem os pontos fortes e os pontos fracos do programa.

Os questionários foram disponibilizados para o PPGODT por meio de uma ferramenta desenvolvida pelo Centro de Informática da UnB, CPD. A ferramenta permitiu criar um formulário e acompanhar seu preenchimento, bem como ofereceu os resultados na forma de gráficos ou percentual. Vale ressaltar que todos os questionários foram respondidos de forma anônima.

 

Resultados

Dos 81 membros do programa, docentes, discentes e servidores técnicos-administrativos, a comissão obteve 43 respostas (um percentual bem significativo, já que se trata de período de férias).  A amostra dos 43 respondentes foi composta de 27 discentes (62.79%), três técnicos (6.98%) e 11 docentes (25.58%).

A organização do PPGODT foi considerada como muito boa por 34,88% e boa por 25,58%, perfazendo a maioria. Um percentual semelhante foi apontado no quesito da monitoração das taxas de conclusão (51,16%), o que, de certa forma, confirma a organização do programa.

Embora tenhamos um percentual significativo de não respondentes (25,58%) em alguns quesitos, temos, pela análise inicial, uma coerência entre as respostas diretas e as subjetivas.  Estes dados apontam que é preciso investir na divulgação do PPGODT entre seus membros. Como exemplo, observou-se que 37,21% dos respondentes não souberam responder sobre as políticas de inovação do Programa.

Um percentual positivo e bem significativo foi obtido na pergunta que avalia o currículo (mais de 50% de respostas Muito Bom e Bom).

No tocante à aprendizagem dos seus alunos, o programa obteve uma maioria esmagadora de respostas SIM, o que aponta que seu corpo de professores, alunos e servidores estão em consonância com o objetivo maior que é a formação de pessoas. Essas respostas puderam ser confirmadas nas respostas subjetivas.

A infraestrutura do programa foi considerada boa por mais de 50%, mas também foi o ponto fraco mais apontado. Cabe destacar que a infraestrutura é da universidade e o Programa não tem estrutura própria.

Um quesito importantíssimo, a articulação total com a administração central da UnB, foi destacada por 48.84% dos respondentes. Ainda maior foi o percentual que considera o Programa em sintonia com as diretrizes da Universidade no quesito inclusão e no respeito à diversidade (53.49%).

Um dado importante é que somente 6,98% não souberam dizer quais estratégias de internacionalização o Programa usa. As aulas em inglês foram a estratégia mais citada pelos respondentes (27,91%).

Os pontos fortes do programa, destacados pelos respondentes, foram:

  • Estímulo às evidências científicas
  • Internacionalização
    • O programa apresenta importantes parcerias internacionais em várias áreas, o que coloca as pesquisas realizadas no âmbito do PPGODT à frente no cenário internacional.
    • O programa tem uma interseção internacional importante
    • A política de internacionalização é bem forte e organizada. Pontos destacados: disciplinas ministradas em inglês, parcerias internacionais, vagas destinadas para alunos estrangeiros e defesas por videoconferências para participação de professores do exterior.
    • A maioria dos docentes estimula seus alunos a participarem de eventos nacionais e internacionais.
  • Organização
    • Organização e envolvimento da comissão
  • Bom desempenho tanto pela sua capacidade de titular alunos e sobretudo pela sua produção intelectual. Existe um esforço conjunto dos professores e alunos para a implementação de mudanças estruturais importantes.
  • Dedicação e empenho dos docentes.
    • Corpo docente capacitado, coeso e dedicado, fortemente preparado
    • Disciplinas de excelência e bem ministradas
    • Dedicação dos docentes, incluindo daqueles que não pertencem ao quadro e ministram disciplinas (incluindo obrigatórias).
  • Articulação
  • Palestras com membros externos ao Programa
  • Linhas de pesquisa que contemplam os interesses acadêmicos e também os interesses da comunidade e da região quanto à promoção de saúde.
  • Pesquisas de alta relevância.
  • Diversidade
  • A forma de acesso ao programa é simples e eficiente. Os cursos obrigatórios oferecidos condizem com as necessidades do programa.

Pontos fracos do Programa

  • Infraestrutura
    • Há espaço para melhoria da estrutura física
  • Financiamento e bolsas
    • Número de bolsas reduzido
    • Falta apoio financeiro governamental para desenvolvimento dos projetos
  • Por ser um programa novo, algumas coisas estão ainda sendo estruturadas para o melhor comprometimento dos discentes e docentes.
  • Como é de se esperar, para um programa "jovem", necessita crescer quanto a estrutura de laboratórios e de mais investimentos financeiros para o desenvolvimento dos projetos de pesquisa.
  • Seria interessante incluir uma disciplina para ensinar a parte burocrática da docência, discutir as DCNs, organização de planos de ensino, etc.
  • Maior interação entre os discentes do Programa, de forma que um aluno conheça o que os outros estão fazendo.

 

Conclusão

De maneira geral, observou-se que o PPGODT está, como programa novo que é, bem articulado com a administração central da UnB, se preocupa com a inclusão e respeita a diversidade. Foi considerado muito bem organizado e está muito bem conduzido pela comissão gestora do Programa. Também é possível destacar que o quadro de professores é um ponto muito forte do programa, assim como as suas estratégias de internacionalização. Como pontos fracos destacam-se a falta de fomentos, bolsa e a comunicação interna.

A autoavaliação, conduzida de forma anônima, permitiu que a Coordenação do PPGODT pudesse "enxergar" o Programa pelos olhos de seus membros (discentes, docentes e funcionários) e é a partir desse olhar que o Plano Estratégico para 2020 será desenvolvido.